sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Carrapato no Quintal - Por: Kaique Araújo

No começo da minha vida, ficava só a pensar que quando eu fosse adulto, as coisas seriam bem mais difíceis, pois meu pai não tinha estudo e minha mãe não parava de trabalhar.
A primeira história da minha vida, foi o nascimento do meu irmão, há uns dez anos. Na época eu só tinha dois anos de idade, mas lembro quando era filho único.
Quando aproveitei a minha segunda viagem à Minas Gerais na casa de meus avós maternos. Uma das minhas memórias dessa viagem foi quando eu e uns colegas fizemos no pé de árvore seca, uma casinha (cabana) de madeira do lado de trás da casa de meus avós em um mato abandonado.
No final do dia, quando paramos de brincar, vimos que o lugar estava empesteado de carrapatos. Essas Memórias aconteceram há um ano.

O incêndio - Por: Kézia Rosa de Souza Pereira

Quando eu tinha cinco anos de idade, lembro até o dia, meu irmão de três anos pegou o isqueiro e acendeu em um pano, logo pegou fogo em tudo. Como tinha uma janela no quarto da minha mãe que era baixa, dava para pular, porque tinha também um tanque. Eu desci, peguei o mais novo que tinha na casa, minha irmã pegava e me dava os dois meninos. Depois que saímos, ficamos sentados no corredor.

Meus três irmãos começaram a chorar, foi quando meus pais chegaram e viram aquela fumaça, começaram a correr. Nesse momento, já tinha queimado o armário, minha mãe começou a jogar água para apagar o fogo.

Ainda bem que estamos vivos, foi um milagre nós não termos morrido. Sem esse milagre, não existiríamos.

Infância Querida e Divertida - Por: Karen Colturato

Quando penso em minha infância, lembro de coisas aterrorizantes. Quando eu era pequena, minha mãe contava histórias de terror para mim.
Uma vez, ela me contou-me a história da bruxa do espelho, chamada de Blad-Mary. Segundo minha mãe, era só dizer Blad-Mary três vezes na frente do espelho que a tal bruxa aparecia. Ela disse isso só para eu parar de ficar olhando o espelho.
Eu tinha apenas cinco anos, foi quando parei de me olhar no espelho. Conforme fui crescendo, fui parando de acreditar nisso e voltei à mania de olhar-me no espelho. E minha mãe não parava de brigar comigo.

Se beber, não dirija - Por: João Paulo

Houve uma noite em que eu fugi de casa.

Meu pai me contou uma história que aconteceu quando eu tinha três anos. Ele estava dirigindo bêbado, e bateu o carro em outro carro.

Foi muito triste para todos nós. Hoje estamos vivendo melhor que aquela época.

Primeira Parte: Memórias de nossas Infâncias


Play Center - Por: Ellen Samora

A escola Florestan Fernandes recebeu um convite para levar os alunos das terceiras e quarta-séries para o Play Center, nós pagamos trinta e seis reais, em quatro vezes. Eu juntei o dinheiro, durante quatro meses eu dei nove reais ao professor.
Um dia antes do passeio eu caí da gangorra do parque ecológico e fiquei com o olho roxo, quando cheguei a casa, coloquei gelo para desinchar o olho. No outro dia eu fui para o Play Center e ainda estava com o olho um pouco roxo, mas na hora de voltar para casa, percebi que meu olho já tinha desinchado. Quando cheguei a casa, falei para minha mãe que, apesar de meu olho estar inchado, eu havia me divertido bastante naquele dia. Foi inesquecível a minha ida àquele parque, fiz vários amigos. No Parque tinha o “Castelo dos Horrores”, eu, umas amigas e a tia que trabalhava no parque entramos lá. Saímos com os cabelos em pé, ouvi vários gritos enquanto estava lá dentro. Isso tornou minha ida ao Play Center, muito divertida.

Apresentação Por: Jaqueline Flores dos Santos

Como escrever uma memória? Será tarefa difícil? Será que existe receita pronta? Será que tenho que ser doutor em Teoria Literária? Tenho que ser especialista em memórias publicadas? Nada disso Caro Leitor!
As memórias que você lerá agora são exemplos de que para escrever memórias, basta ter vivido, ter um lápis à mão e uma folha de papel. Escrever memórias é um ato emocionante, o ser humano recupera coisas vividas, e por meio da competência linguística e do imaginário recria cenas e fatos, verbalizando ou escrevendo essas histórias.
Os meninos e meninas autores das memórias aqui colhidas, não começaram escrevendo aleatoriamente. Primeiro, apresentei-lhes memórias, trabalhamos bem o conceito em classe, lemos o livro de memórias do Manoel de Barros, conhecemos um pouco da vida desse escritor que tão poeticamente reproduziu as suas lembranças da infância, criando para si momentos que nunca tivera, provando que só não vivemos o que não queremos.
Manoel de Barros despertou nesses pequenos o desejo de compartilhar histórias, resgatar lembrança que só a imaginação conhecia, e que agora poderemos conhecer, nos emocionar e dar boas risadas. Escrever memórias é libertar-se, fugir da mesmice, da realidade que oprime. Tudo aqui é verdade, acreditem, os escritores daqui tomaram posse da frase do Manoel de Barros “tudo o que não invento é falso”, verdade ou imaginação, eles inventaram. Nada aqui é falso.

Hiperatividade - Por: Juliana da Cruz Valle

Quando eu era pequena, eu era muito danada, mas danada mesmo!

Diante desse comportamento, minha mãe levou-me para fazer um exame de hiperatividade.

O resultado foi que eu era hiperativa, o médico receitou calmante, daí em diante passei a dormir na sala de aula. Minha mãe parou de me dar o remédio, hoje estou bem melhor.

Lendas do Papai - Por: Maycon Oliveira Mota


Quando eu tinha mais ou menos cinco anos, eu tinha medo de lendas urbanas era acostumado a ficar à beira da fogueira à noite com meus pais e meus tios.
Meu pai sabia que eu tinha muito medo de lendas, mesmo assim, ele nos contou duas lendas, uma era do gato preto, e a outra do Opala preto.
Ele contava que se você visse um gato preto, iria ter azar. Um dia eu vi um gato preto e não fiquei assustado, estava distraído e não vi que tinha uma pedra muito grande.
Tropecei e caí de cara em uma poça de lama. Comecei a chorar, foi quando meu pai veio me buscar.
Na outra história, ele disse que o dono do Opala tinha morrido dentro do carro, a alma do cara havia ficado lá dentro, toda vez que passava um carro, ele seguia e batia nele.
Em outro dia, eu estava indo comprar pão com meu pai e já era noite. Vi um Opala preto e me assustei muito, fui para trás do meu pai e falei para ele me proteger. Tudo culpa de suas lendas.

Vergonha - Por: Matheus F. O. Da Silva


Numa noite de quinta-feira, em uma de minhas férias, eu estava em uma sorveteria com a minha namorada.
Depois de tomarmos um sorvete barato, fui levá-la para casa, mas fui um idiota.
Tropecei na lombada e caí de cara no chão.
Morri de vergonha, além disso, ela me deixou porque eu fiquei com bigode de sangue.